Nas ultimas décadas as mulheres vêm conquistando posições de
destaque na sociedade ocidental, o que exigiu novos cuidados com a
aparência, tornando-se o sapato de tacão alto um dos simbolos da
feminilidade contemporânea.
A utilização de sapatos de tacão
alto expõe o corpo a condições não fisiológicas, alterando a função das
articulações, o que gera forças acima do normal. Além disso, o uso do
tacão alto na postura ortostática implica a retroversão pélvica,
aproximação dos joelhos e tornozelos em relação à linha da gravidade,
deslocamento posterior da cabeça e da coluna torácica.
A marcha
com calçado de tacão alto, comparada á de tacão baixo, causa várias
alterações podológicas, como força compressiva soba cabeça dos
metatarsos, aumento de flexão plantar do tornozelo, passadas mais curtas
e em menor velocidade, supinação do pé, etc.
O aumento das
cargas compressivas, as alterações biomecânicas do pé e a instabilidade
do contacto do calcanhar devem ser acomodados na cinemática dos membros
inferiores, pelve o coluna durante a marcha. por outro lado, movimentos
compensatórios alteram os padrões de stress tecidual, o que pode
contribuir para os sintomas álgicos associados ao uso do tacão alto.
As alterações induzidas, a longo prazo podem dar origem a dor,
desconforto e limitações funcionais ou até mesmo modificações
estruturais, podendo ser prejudiciais à saúde e ao bem estar do
individuo. Estas alterações geram sobrecargas em diversas articulações
que podem predispor a população feminina a lombalgias, metatarsalgias,
osteoartrite e alterações da marcha resultantes de encurtamento
muscular, entre outras queixas.
Desta forma, é importante a intervenção do Podologista na prevenção, educação sanitária, diagnóstico e tratamento dos deficits e alterações especificas.
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